Núcleo de Estudos e Artes do Vale do Âncora
Domingo, 30 de Dezembro de 2007
A investida dos vândalos
Ano após ano vemos o património do Vale do Âncora a degradar-se. Há um caso ou outro, como por exemplo o Dólmen da Barrosa, que está a ser cuidado, os restantes continuam sujeitos a todo o tipo de degradação. Chega-se a uma altura em que se deixa de acreditar nas boas intenções de quantos "circulam pelo corredor do poder". Um dos casos é o do Forte do Cão, em Âncora, cuja porta dessa fortaleza se encontra entreaberta remetendo-nos a uma possível revolta de uma hipotética guarnição. Os responsáveis por este património, ou por falta de dinheiro ou falta de criatividade deixam que estas peças se degradem de uma forma pouco digna para quem tem uma história tão rica como Portugal.
 

Por sua vez a "globalização" utilizando as suas armas, "conduz o rebanho" da ignorância, utilizando os meios audiovisuais para massificar a opinião pública com todo o tipo de anúncios, publicidade e programas televisivos muito distante do contexto cultural.
 
Os responsáveis, há uns tempos atrás fizeram uma beneficiação (as quatro dependências foram cobertas com telha, para conservar os tectos dessas dependências) e colocaram-lhe um portão. Mas a situação torna-se cada vez mais complexa porque a"linha avançada" de assalto à fortaleza, constituída pelos "curiosos", começaram por saltar a fortaleza. De seguida e após destruírem o fecho, deu origem a um segundo assalto constituído pelo grupo dos "vândalos", que destruíram a cobertura das dependências existentes no seu interior, ficando o chão repleto de restos de telhas. Neste momento, só falta roubarem o portão, que se trata da peça mais valiosa que ainda está em condições de continuar a servir de elemento dissuasor da devassidão do interior dessa fortaleza, porque o escudo que existia por cima da porta já desapareceu há longos anos. Segundo dizem, levaram-no para o museu.
 
Se os piratas de outros tempos vissem a destruição desta fortaleza, possivelmente fugiriam receosos da fúria de quem fez o assalto a este forte.
 

Foram gastos uns milhares contos para nada. Não foi encontrada uma forma de evitar a degradação desse espaço de modo a garantir qualquer rentabilidade do investimento realizado.
 
Enquanto não surgem ideias que garantam a rentabilização desse espaço, seria interessante que os responsáveis arranjassem formas de evitar a eliminação do forte. Talvez fechando o portão e com um pouco mais de fiscalização, consigam alguns resultados, porque estas fortalezas, embora tivessem garantido a defesa da corda litoral, neste momento, os vândalos tornaram-nas numa terra de ninguém, que umas vezes serve de casa de banho e outras de campo de batalha.
 
J. Vasconcelos
 De: www.caminha2000.com


publicado por nuceartes às 00:56
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007
NATAL AMBIENTAL
 
O NUCEARTES apresenta alguns conselhos para um Natal mais Ecológico
 
Nesta época festiva, o NUCEARTES aproveita para apresentar alguns conselhos que lhe permitirão ter um Natal ambientalmente mais correcto.
Nos últimos anos a época do Natal tem-se tornado na época do consumo por excelência. Mais do que em qualquer outro período do ano, somos estimulados, influenciados, instigados, empurrados a comprar, comprar, comprar. Este consumo imediato e pouco reflectido provoca impactos ambientais graves, mas, pode também estar na origem de problemas económicos (endividamento excessivo).
Para o ajudar a contribuir para um Natal ecológico, aqui ficam alguns conselhos simples que pode levar em conta.
 
 
Vem aí o Natal…
 
- Para a ceia de Natal comece a habituar-se a substituir o bacalhau por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800 ou 900 gr.).
- Adquira uma árvore de Natal natural em vaso, caso possa mantê-la durante o ano; uma outra hipótese é comprar uma árvore artificial (que pode ser reutilizada durante muitos anos) ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte.
- Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal, para que os possa reutilizar por muitos e longos anos. Pode optar por criar os seus próprios enfeites a partir da reciclagem e reutilização de materiais.
- Adquira lâmpadas energeticamente eficientes para reduzir a sua factura energética e ambiental.
- Pense naqueles que não têm possibilidade de oferecer prendas e mesmo de ter uma ceia de Natal; seja solidário com as várias campanhas que habitualmente se desenrolam nesta época.
- Esta é uma época tendencialmente fria; isole bem a sua casa de modo a reduzir os gastos com o aquecimento e também, para poupar recursos.
- Lembre-se que certas espécies animais e vegetais estão em vias de extinção. O azevinho é uma dessas espécies. Não compre azevinho verdadeiro. Existem bonitas imitações artificiais de azevinho que podem ser reutilizadas de uns anos para os outros. Também pode usar a sua própria criatividade.
 
 
O Natal e os presentes…
 
- Reflicta bem sobre as prendas que vai oferecer, a quem vai oferecer e qual a sua utilidade. Privilegie produtos:
    a) Duráveis e reparáveis;
    b) Educativos, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos; ofereça produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente;
    c) Inócuos, em termos de substâncias perigosas; por exemplo, se vai oferecer equipamentos eléctricos e electrónicos, informe-se sobre quais as marcas mais seguras através em: http://www.greenpeace.org/international/campaigns/toxics/electronics/how-the-companies-line-up 
    d) Que não estejam embalados em excesso ou em embalagens complexas (são mais caros, misturam vários materiais e dificultam a reciclagem);
    e) Úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão.
- Em caso de dúvida sobre a prenda a oferecer, opte pelos cheque-prenda já disponíveis em inúmeras lojas; são uma garantia de que a sua prenda irá ao encontro das expectativas de quem a recebe.
- Gaste apenas na medida das suas possibilidades. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável.
- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente; fica mais barato e sempre pode pedir opiniões quando estiver indeciso.
- Procure levar sacos seus para as compras ou tente utilizar o número mínimo de sacos possível (uma sugestão: ofereça sacos de pano para as compras).
- Adquira produtos nacionais, pois promove a economia portuguesa e reduz o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos.
- Se pensar em oferecer um animal de estimação tenha em conta se há condições para ele viver bem e não compre animais selvagens ou em vias de extinção (opte pela adopção de um animal).
- Se optar por oferecer produtos de perfumaria, cosmética ou higiene pessoal tenha o cuidado de escolher aqueles que não fazem testes em animais (procure a lista em http://www.lpda.pt/).
- Muitas vezes temos objectos que já não utilizamos, mas que estão em bom estado. Não os deite fora. Seleccione os que pode oferecer a instituições ou a vendas de Natal ou opte por usara a sua criatividade e criar objectos para oferecer.
 
 
Depois do Natal…
 
- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões; muitas embalagens, caixas de prendas, papéis de embrulho podem ser utilizados pelas crianças para fazer divertidos objectos, como máscaras, porta canetas, etc.
- Separe todas as embalagens – papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; este é um bom momento para verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.
- Depois das festas, vêm as limpezas. Procure reduzir a quantidade e perigosidade dos produtos de limpeza que utiliza. Prefira os biodegradáveis e/ou em recargas.
- Não deite as pilhas para o lixo, coloque sempre no pilhão. As pilhas recarregáveis são uma alternativa económica e ecológica.
- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu.
- Mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenrolando ao longo do ano.
 
Seguir estes conselhos permitir-lhe-á oferecer uma prenda a si próprio e a todos os cidadãos do mundo – um ambiente mais protegido e equilibrado.
 
O NUCEARTES deseja-lhe um excelente Natal e um Ecológico ano de 2008!!
Texto da autoria da associação Quercus
 


publicado por nuceartes às 12:15
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